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sábado, 12 de agosto de 2017

Vamos apenas fingir que somos especiais
Que nos achamos
Sem necessidade de detalhes para achar limites
Ou bruxarias, todas as palabras que conhecemos
Sem precisar de uma briga para achar um amigo
Aguardemos


Nós nos achamos
Não, Não, é a penas o custo de viver
Então me traga o bisturi
Estamos esperando


Para arrancar todas as verdades que conhecemos
Traga os sanguessugas
Estamos esperando


Vamos apenas fingir que somos especiais
Nós nos achamos
Apenas respiramos o ar que nos é oferecido
Tão sufocante, temos sonhado com este inferno


Nós nos achamos
O único caminho na tempestade, na fúria
Não nos achamos



domingo, 23 de abril de 2017

pra ela


um dia foi embora inspiração
qualquer uma ou quaquer coisa servia
a lua não mais sorria
"inflorescência lupular" não conduzia meu viver
carne crua que um dia sempre tive
hoje muda em efervescência
ebuliu toda e qualquer magia
num "sim", num "talvez"
num "toda hora"
construiu-se natural
tal qual contingências efêmeras, todavia essa, especial
quem me chamou pro outro lado merece a vida em dobro
em duplicidade de alegria
sim ela existe! a alegria...
parece besta, mas besta e estúpido é o amor
mais besta ainda quem não o vive
e por ele e por mim e por você
vamos viver ante esse arco colorido
ante esse flutuar de andar ao teu lado
com a energia de nossas peles
sendo eu pra ti e tu pra mim um enorme tesouro

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

ó inverno ardil
existe tu?
existe tantos outros que te tocam?
consciência invernal
alma?... não sei se existe(o)
o cheiro, hermosa, não sai de mim
nem com tantos cigarros que fumo
identifico!
não caio em outro cântico
só o do inverno, mesmo que na real aqui ele não exista
mas em mim ele é
a única essência de um andante não lúcido pela eterna vida finita
engrosse seu tom
seja vadio quando puder, eu
fora você só o escuro
há sempre a falta mesmo no excesso
o que faço comigo?
por que dependência?
por que você?
Existe você?

domingo, 21 de agosto de 2016

um falo
tão comentado
que fez, incrivelmente, sofrimento no início
foi retido aos gemidos
"fica que quero sentir ele explodir"
calma, não conclua mal
a capinha tava lá
o amor é tão velho quanto a dita mais antiga profissão do mundo
é uma menina,
e é boa sim
inspirado por Tom Zé declamo tanto esse troço
que às vezes é bonito,
às vezes é feio
é rock, mas tem índole de pagode
aquele beliscão que se quer dar num corpo sutil
quantas vezes senti
fui lá
não disse?!
Que corpo!
Viva o amor!
Viva a dita mais antiga profissão do mundo!
o amor está na mais efêmera, porém intensa junção de corpos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

"Canção de amor para mim mesmo" sendo construída.
falta quase nada para eu ter coragem
falta nada ou bem pouco
pra fazer o que gosto
tô indo saltando "de ponta"
correndo perigo
mas vou
e vou diminuindo
a distância da vida com o viver
tenha dó não,
bata na minha cara e diga quem sou eu
pergunta difícil
mas prazer em mim, 24 horas ao dia
tem que ter
o do vício, o do sexo, o da bebida, o da música
ah, no cabaré vou hoje
nessa constante busca
não sei quem sou, mas onde tem prazer estarei lá.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ah moonlight sonata!
Há quanto tempo?!
Há quanto tempo acaso?!
Não chegou setembro/outubro, que é onde o calor me faz um tresloucado
que onde eu escrevo mais o tempo todo
na cabeça o redemoinho de palavras, todo instante um texto novo
uma música nova, uma vida nova, uma morte nova
Bateu aquela vontade de escrever à moda antiga
"Egrégios, hilários, curiais, indolente"
Não! Vagabundos, vagabundos, vagabundos, vagabundo...
Não és tu! Né eu não!
Parte sono, parte voz
Amor não dói mais...
Sequei faz tempo...
Um jazz em meu punho
"Some of these days", né não Sartre?! Eu lembro!
Um "jaz" que fui e constantemente serei
Começo em Beethoven continuo em Sophie Tucker.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

26 anos

Mesmo que o desejo se sobressaia do tormento de viver as experiências por elas
O mundo gira a minha volta cada vez mais rápido
E eu revejo todos os dias o que aconteceu ontem
Sem conhecer o personagem de mesmo rosto
Mesma expressão
Já me cansei de me reinventar superficial
O sentimento dualista de querer e detestar se disfarça nesses não tão breves suspiros
Respira
Batida
Expira
Batida
E me sinto sólido
Vínculo tão delicado que leva tantos à loucura, senão, pior

Eu, certamente, nunca estive tão incerto sobre a vida
Se conscientizar que todas as desculpas que você inventa para não se encontrar nu
Na sua caverna de gelo
Descoberto
Frágil
Pronto para receber os golpes
Não é fácil;
E me enganar com tanta indiferença para destruir essa faceta
Mas inseguro de quais valores devem ser negados, e quais devem ser creditados
Entretanto agora reconheço o meu vazio e despreparo
E me animo passageiramente, mas de modo sincero
Que tenho muito
Ainda
O que aprender