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quarta-feira, 10 de agosto de 2011




Recomeçando três dias depois.


Escrever numa biblioteca normalmente me faz perder as estribeiras, independente que caminho tome no final eu mesmo me assusto e rebolo o troço em algum canto. Mas eu duvido muito que aconteça isto hoje, percebo que não posso generalizar as bilbiotecas, só a pública faz isso mesmo, e todo o ambiente e acontecimentos já ocorridos nas redondezas me faz dar uma pirada bem rasante (ou não)

Me lembro da cara do Ewerton quando me achou na praça verde duas semanas depois que tínhamos terminado. Eu lá, fumando, com três livros na mão, um litro de vinho na outra, e o violão, só me fazendo companhia. Perguntei pra ele porque diabos ele não me contou que melancolia era tão interessante.

Nos encontramos quando estamos sós, e é impossível você não se contentar com o que você acha, por isso nem jogue seu ego lá na puta que pariu (pra cima) quando isso acontecer (pois você ta longe de ser o único).

Pé. Faz três dias que sonho com pés. Pés da cor de leite. Doces, macios, e mordo, e mordo. E tinha cheiro de hidratante, mas qual? Sei lá, me some... Erva doce? Camomila ?

É por isso, que mantenho o tema. No sonho, no sonho que nos conhecemos, que deixamos de ser covardes, é onde encontro o que realmente escondo, escondo por proteção própria, mas tudo que me faz agora é trazer prazer, e saudades. É gostoso, só não mais porque não sentimos dor.

Guará tem que ser legendária, e vou me esforçar pra que seja.




Sem subjetividades ou metáforas.

No fundo eu sou um covarde, me escondo da realidade fantasiando possibilidades tão improváveis de acontecer, e ainda por cima me alegro com o que faço, com justificativas tão incabíveis quanto um poço sem fundo. 

Aliás, não me engano em dizer que no sonho sou muito mais racional, digo, mais livre.

É normal criarmos barreiras ao longo de nossas vidas ? Buscar incessantimente mais correntes até não haver mais corpo a se amarrar ?

Não importa se nasci ou não, mas se senti.

Mas tudo parece desculpa, agora. Talvez só agora. Mas quem, pergunto quem diabos entende um pouco do mundo e não tenta fugir as vezes para dentro de si ?
É bom as vezes se perder sem ter razão.