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quinta-feira, 5 de março de 2015

sólido zé

Vez ou outra, trépido, cai em desalento
Confunde o meio dia com o terraço de casa
E vaga entre trilhas
pergunta se o relato que pensa já não foi dito antes
ou que talvez há de dizer logo
em breve
depois do próximo trêm

Não queria justificar suas escolhas
Nem tirar a venda de seus cumpadres
menos se aproveitar disto
Mas só se via ali
reparando na sombra das coisas imóveis, aguardando alguma surpresa

Toma um gole de ar
Outro de cachaça
outro de perdão
E volta para o alpendre

segunda-feira, 2 de março de 2015

Quanta chance perdida
Quanto amor sem calor
Tua vida trajada de fraudes
Teu grunhido de ultraje
Condena o que mais desejo
Sossego já não tenho
E o coro da paisagem...
Nossa velha cidade esfria de cansaço
Pois falta a ela o nosso abraço
que tanta nostalgia vivia
do filme entre nós