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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

ó inverno ardil
existe tu?
existe tantos outros que te tocam?
consciência invernal
alma?... não sei se existe(o)
o cheiro, hermosa, não sai de mim
nem com tantos cigarros que fumo
identifico!
não caio em outro cântico
só o do inverno, mesmo que na real aqui ele não exista
mas em mim ele é
a única essência de um andante não lúcido pela eterna vida finita
engrosse seu tom
seja vadio quando puder, eu
fora você só o escuro
há sempre a falta mesmo no excesso
o que faço comigo?
por que dependência?
por que você?
Existe você?

domingo, 21 de agosto de 2016

um falo
tão comentado
que fez, incrivelmente, sofrimento no início
foi retido aos gemidos
"fica que quero sentir ele explodir"
calma, não conclua mal
a capinha tava lá
o amor é tão velho quanto a dita mais antiga profissão do mundo
é uma menina,
e é boa sim
inspirado por Tom Zé declamo tanto esse troço
que às vezes é bonito,
às vezes é feio
é rock, mas tem índole de pagode
aquele beliscão que se quer dar num corpo sutil
quantas vezes senti
fui lá
não disse?!
Que corpo!
Viva o amor!
Viva a dita mais antiga profissão do mundo!
o amor está na mais efêmera, porém intensa junção de corpos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

"Canção de amor para mim mesmo" sendo construída.
falta quase nada para eu ter coragem
falta nada ou bem pouco
pra fazer o que gosto
tô indo saltando "de ponta"
correndo perigo
mas vou
e vou diminuindo
a distância da vida com o viver
tenha dó não,
bata na minha cara e diga quem sou eu
pergunta difícil
mas prazer em mim, 24 horas ao dia
tem que ter
o do vício, o do sexo, o da bebida, o da música
ah, no cabaré vou hoje
nessa constante busca
não sei quem sou, mas onde tem prazer estarei lá.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ah moonlight sonata!
Há quanto tempo?!
Há quanto tempo acaso?!
Não chegou setembro/outubro, que é onde o calor me faz um tresloucado
que onde eu escrevo mais o tempo todo
na cabeça o redemoinho de palavras, todo instante um texto novo
uma música nova, uma vida nova, uma morte nova
Bateu aquela vontade de escrever à moda antiga
"Egrégios, hilários, curiais, indolente"
Não! Vagabundos, vagabundos, vagabundos, vagabundo...
Não és tu! Né eu não!
Parte sono, parte voz
Amor não dói mais...
Sequei faz tempo...
Um jazz em meu punho
"Some of these days", né não Sartre?! Eu lembro!
Um "jaz" que fui e constantemente serei
Começo em Beethoven continuo em Sophie Tucker.